"perdon, donde fica la calle de marina?"
uma pergunta com resposta, com indicação. o mapa de uma cidade quando se viaja tem pontos de referência, basicamente os ex-libris por onde passam milhares de turistas. passos dados ao longo de uma avenida, seguindo as ruas, cruzando outras, paralelas, olhando para o mapa, para chegar ao próximo ponto. é pena que outras questões não tenham resposta simples como essa ou que por mais que se ande a cabeça nunca saia do mesmo sitio, fazendo o percurso contrário dos pés já calejados de tanto caminhar.
mesmo numa outra cidade, o cheiro tão familiar chegava até mim, ao meu nariz. apanhado distraido e forçando a memória a recordar. ao cheiro juntavam-se imagens que surgiam em montras, pequenas coisas, pequenas peças que me transportavam de regresso, mesmo estando fora. os pensamentos perseguem, incontroláveis, desaustinados, mortificantes, sugando a pouca vida já existinte. no metro as pessoas, a confusão. olhava para todas elas não como turista mas como estrangeira...não por estar fora do meu país mas por sentir que nunca sai de "casa"...
olho à volta e continuo a caminhar... as pessoas absortas nas suas próprias conversas e caminhadas... observo-as e nada sinto... as vibração das ruas entranha-se e nada... nenhum movimento anterior... um roubo. adrenalina sobe. passa o efeito, nada. nenhum sentimento...
um vazio...
toca o despertador... acordo. não era sonho... é verdade... "
V
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