Friday, June 01, 2007

Suicide...
it's not quiting,
it's not leaving,
it's not giving,
it's just ending...

ending an angst that remains
ending a pain no longer bearable
ending a life that was never alive to begin with...

it's not givin up,
it's not a cowards act
it's not a question fact
it's just ending...

many shapes come to mind
many forms
but the corage leaks
the continuing moan
of an animal already dead
can't stop squeaking
freak...

it's not an error thrown
it's not the last page
it's not strange
it's just ending...

born dead...DOD... Dead On Arrival...
mother nature's mistake...
correction sent...
my hour has come
too many corpses passing by
no reason to remain still
no slow killing lies in smoke due
but corage leaks...

blood no longer in my veins is
flesh wounds
scars tamed in time
all superficial
inside tomb
a vampire awakes...
no imortality seak...
just a comparison, weak...

frail... gentile...mild...
until day
until sigh
and I accpet my last goodbye...

19 Comments:

Blogger lampejo said...

Um poema triste, mas realista.
Assim é quando nada faz sentido.
:´(

02 June, 2007 11:46  
Anonymous Anonymous said...

Suicide… my sweet comfort… sometimes I like to drown in your warmth… it’s nice to know that you’re always here ready to save me… I know that I’m still stronger than you… but it’s good to know than whenever the pain becomes heavier than the air in my lungs you will be ready to take me away from it all… forever and another day… but still I’m stronger than you…

02 June, 2007 15:22  
Anonymous Anonymous said...

Há um livro que foi muito importante para mim, por várias razões, que falava sobre isso... Quer dizer, não sei se era mesmo sobre isso ou se era sobre isso que eu queria que fosse... Em todo o caso, depois de o ler fiquei a acreditar (e entretanto não voltei a pensar nisso muito mais vezes... até hj...) que, não querendo simplificar em demasia, existem dois tipos de suicidas: os que o são por desespero e os que o são por convicção. Para mim, estes últimos é que são os verdadeiros suicidas mas estes raramente se suicidam porque já vivem morrendo e morrem vivendo...

03 June, 2007 05:18  
Blogger Miss Vesper said...

é sim lampejo é esse o estado...

anita não tenho essa força de que falas... suicide is gaining...e ganha cada vez mais terreno sobre mim...

senhor do mundo, talvez me inclua mesmo nos últimos de que falas... é que a cada novo dia, uma nova farpa se espeta em mim, esvaziando-me, assassinando-me, deixando à beira da estrada, emorragia, palavra que associo a excesso de emoções... à beira da estrada, na valeta, na sargeta, vivendo morrendo, morrendo vivendo ou talvez apenas seja sobrevivendo... com cada vez mais farpas...

03 June, 2007 11:35  
Anonymous Anonymous said...

cris: esta força de que falo talvez não possa ser identificada como força no sentido de coragem… talvez seja apenas revolta com uma pitada de preguiça…

Não sei se posso ser considerada uma pessoa forte… por vezes penso que sim porque não entrego totalmente os pontos e lá vou eu, dia após dia, abrindo os olhos de manhã e tentando subir para cima do cavalo seguindo uma qualquer direcção, até nova queda… outras vezes sinto-me bem fraca, porque me acho um caco humano que por aqui vai andando camuflado por gargalhadas sonoras (por vezes acho que devo ter mesmo um qualquer fusível avariado, pois não entendo muito bem como é que alguém tão triste, negativa e solitária consegue rir-se com tanta facilidade) e ao qual é tão fácil reduzir a pouco mais do que pó.

Desta forma, se tivesse de escolher… talvez dissesse que era fraca, já que, por vezes, parece ser preciso tão pouco para me atirar ao chão e me manter por lá durante uns tempos, de modo que acredito que a tal força a que me refiro mais não seja do que simples teimosia.

Acho que sou um pouco como as ondas do mar… para cima e para baixo consoante o vento sopra… tenho uns momentos mais negros do que outros… pois acredita quando te digo que entendo perfeitamente o que queres dizer com “suicide is gaining”… tenho momentos em me sinto assim, prestes a ser conquistada por esse negrume… outras vezes, simplesmente levanto-me e afasto-me dessa sensação, dando a minha fraqueza então lugar à raiva… raiva por não ser capaz de devolver a dor a quem me a ofereceu…

Também eu sinto as farpas cravadas em mim… cada vez mais e mais fundo… e faço questão de nunca as tirar… se calhar ainda procuro umas novinhas para cravar, procurando aquela que faça o coração parar de bater… acho que só alguém com uma grande habituação a este tipo de dor é que insiste em deixar-se levar por situações que a destroem e/ou rodear-se de pessoas que a fazem sentir-se como um monte de merda…

Talvez seja tudo duas faces de uma mesma moeda… talvez a mesma dor que nos dá vontade de desistir seja aquela que por vezes nos impele a continuar… o dilacerar da carne e o raspar do osso… sangramos… gritamos… e ao gritar sabemos que estamos vivos, mesmo que na maioria das vezes nos sintamos mortos…

senhor do mundo: como amante da leitura, não resisto a perguntar… qual é o livro? :)

04 June, 2007 04:05  
Blogger Miss Vesper said...

anita vou arriscar e dizer que o livro é o "Mito de Sísifo" do Albert Camus, mas depois o senhor do mundo confirma se é ou não;)

eu passo os dias como se de um fantasma me tratasse, com cor de pele a condizer... transparência, luz do sol que passa, através, mas não fica... vou ficando cada vez mais abandonada à sensação de "já nao sei o que é sentir"... mais pareço um boneco de gesso ou quem sabe de um doente acamado, completamente anestesiado... ou ainda de um paciente em estado vegetal... podem espetar-me agulhas, alfinetes, facas, o que seja bem afiado, na carne que não sinto... as cicatrizes cravadas na pele deixam a marca de uma ferida que sarou, mas apenas à superfície... tudo o resto esmorece e murcha, como um malmequer com o tempo...

se tivessemos numa peça de teatro grega, provavelmente eu seria um personagem a quem os deuses amaldiçoarem com uma sensabilidade extrema, a que provavelmente dariam o nome de "empatia", sentindo todas as dores do mundo no seu ventre... e com uma capacidade de observação e de captar pormenores fora do vulgar... por imagens, sejam elas expressas sobre a forma de palavras ou não...

uma moeda, duas faças... a mesma dor, continua... sofrer... por amor... vida ausente...morte cada vez mais premente...

04 June, 2007 06:20  
Anonymous Anonymous said...

Amiga Cris
o suicídio é um tema complexo e que eu tenho alguma dificuldade em aceitar.
Concordo inteiramente com a a classificação que o senhor do mundo estabelece e embora me entristeça terìvelmente, aceito que haja os suicidas por convicção, que nunca o farão deliberadamente, antes o vão fazendo...
Beijoquitas

04 June, 2007 10:18  
Anonymous Anonymous said...

Eu não sei a qual das 2 categorias pertenco porque acho que nunca perdi a esperança de um dia deixar de sofrer. No fundo acho que se conseguir sobreviver à maior das dores, depois disso não poderei ser mais infeliz do que já fui. Posso estar enganado mas isso dá-me algum conforto. Anseio por esse dia em que poderei finalmente relativizar toda esta dor que sinto... E é por isso que faço questão de manter cravadas todas as farpas que se espetam...
E entretanto sinto o mundo como nunca antes, como poucos o fazem (como voces?)... A sofrer mas consciente, livre...

A Cris enganou-se mas provavelmente a sugestão dela é melhor que a minha... :)
O livro de que falava é O Lobo das Estepes do Hermann Hesse. Já passou muito tempo mas penso que foi com esse livro que entrou a Dor de que falava a Florbela Espanca ;)

04 June, 2007 11:29  
Blogger Catwoman said...

This comment has been removed by the author.

04 June, 2007 15:55  
Blogger Catwoman said...

Tal como o Pinguim, também concordo com a divisão que o Senhor do Mundo faz. Não sei se me insiro dentro de alguma das categorias... acho q me revejo no que diz o Senhor do Mundo, em preferir deixar as farpas. A minha solução para a dor é deixá-la viver, gritar, murmurar, esventrar...a dor extingue-se a ela mesma ou então adormeçe numa canção de embalar do Tempo. Não desaparece mas fica ali, prova silenciosa do que vivi, aviso mudo do que virá, fraqueza tornada força. Não tenho outra solução para a dor no sangue, nos genes, acho eu. Se tenho,ainda não a descobri...mas entendo aquilo que a Cris e Anita dizem...

Baci

04 June, 2007 15:56  
Blogger Miss Vesper said...

pinguim: de facto é um tema complexo, como muitas linhas num novelo de lã, cada ponta conduz a um sitio distinto... as paisagens diferem... a proximidade temática é a dor... levantar questões, pensar sobre elas, deixa-las percorrerem o seu caminho, deixando algo em nós e levando algo com elas também...

a convicção vem não só da dor que se entranhou e que já faz parte do código genético mas também do meio, das circunstancias, também elas feridas abertas, que cada vez sangram mais... como uma célebre frase filmica "this is the high point of my day...after that is all down hill" e na maior parte das vezes o que se passa à volta corrói-nos, pessoas que nos sugam como vampiros... que mais parece que o mundo foi feito para assholes... depois é uma questão de sensibilidade e de leveza, quem sente intensamente tem pouco espaço... quem passa por paisagens e não as sente, a questão espacial nem se coloca... só me lembro da comparação com Londres, the streets and the people breath freedom...

talvez não se trata tanto de suicidio mas de assassinato... o que nos mata aos poucos... um fumo de um qualquer cigarro não fumado por nós...

senhor do mundo: as farpas já estão bem cravadas... nem o melhor cirurgião do mundo as poderia retirar de onde estão, com risco de ficar mesmo na mesa de operações... hemorragias continuas e sem hipótese de sutura... do mesmo modo que um estilhaço cravado controla a hemorragia, o mesmo se passa com as farpas... há quem diga: "God only puts you through what He knows you can handle it..." ao que dá vontade de responder: "He must have a wicked sense of humor, maybe He would give an excelent stand-up comedian" :P

o conforto também advem de apenas se conhecer uma realidade... como quem nunca viu o mar, não sabe as nuances de beleza que tem uma onda... quem unicamente conheceu e conhece a dor, não sabe mais nada... a chalaça do "ninguem nasce ensinado" poderia colar-se aqui muito bem...

quanto ao livro: adoro herman hesse, nomeadamente os contos de amor dele e o siddartha... e nao se trata de uma recomendação melhor ou pior, cada livro tem a sua beleza, conforme o estilo do autor e a sua profundidade... e não há livro que não venha por bem;) a não ser que seja o Sei lá Da guiducha, esse dispenso.... :P
O mito de sisifo do Camus aborda a questão remetendo-nos para a antiga grecia em que sisifo é condenado pelos deuses a subir ao olimpo com uma pipa furada. a agua que ele é suposto transportar vai-se perdendo no percurso... dai o absurdo de que fala o livro... tal como nos vamos perdendo e pedaços de nós também, arrancados, perdidos, desamparados... sinto o mundo sim, talvez demasiado... uma joaninha a percorrer a palma da minha mão de asas abertas, mas não voa, uma parede esburacada deixando entrever os reflexos que a luz do sol desenha nas suas reentrancias...

poema, talvez...ou apenas devaneio:
"e depois apenas o corpo e a alma... da-la por inteiro... como nunca fiz... o vazio deixado por um tamanho passo... passo maior que a perna, maior que qualquer caminhada...a alma foi-se...escapoliu-se... ficou apenas o corpo... um automato na circulação estrangulada do transito diário... e com a alma o coração... porque sentiu e sente em demasia... porque ama incondicionalmente... porque se retrai...porque apenas sente assim...porque se destroi assim... porque se consome assim... porque não é mais o mesmo, nem será... porque se foi... transplantado... para quem o merece, mais ninguem... segue amorfo solitário... como sempre foi, como é, como será... solitario nessa forma de sentir, assim, incondicionalmente... uma entrega até da propria sombra, que ficou escondida... esvaziar a casa... onde capa apenas tu... tu é a forma que me habita... um outro eu talvez... que seja... o que for... um aceno ao longe... recolhido em circulação...essa dor...um continuo de emoçao...farpas que em mim estão..."

05 June, 2007 08:56  
Anonymous Anonymous said...

Cris, tens razão em relação ao livro, aos livros... Eu só disse o que disse porque não sei se hoje, porque entretanto mudei, o livro me diz tanto quanto quando o li. Ao contrário de ti e de outros ilustres comentadores ;) eu não acho que nasci assim e este livro (ou talvez as circunstâncias) foi uma espécie de revelação, o acender de um rastilho... Para vocês que já têm o rastilho aceso, provavelmente o livro não vos dirá tanto...
Fiquei com curiosidade de ler o Mito de Sisifo (vou dar uma 3ª hipótese ao Camus... não gostei muito do Estrangeiro nem da Peste... :)) mas tenho muitos outros livros em espera :S Já algum tempo que não tenho muita paciência para ler. Mas já tenho saudades... Eu vou-os comprando e eles vão-se acumulando na minha mesinha de cabeceira como se fossem troféus, despojos de guerra. A pilha de livros já inclina, qualquer dia cai. Tenho de tratar disso... ;)

05 June, 2007 11:02  
Anonymous Anonymous said...

Vou comprar uma mesinha de cabeceira maior... heheheh

05 June, 2007 11:05  
Blogger Miss Vesper said...

estás como eu LOL também não tenho tido tempo para arranjar uma mesinha de cabeceira maior... aquilo já pra lá vai uma salganhada de livros... e ainda me deixei cair na tentação na feira do livro por uns quantos mais.... qq dia é mais colecção por capa do que por leitura...:P

compreendo o que dizes de rastilho... vou ler o hesse, quando desempedir mais a mesa de cabeceira :P

quanto ao Camus da-lhe mais uma chance... O mito de sisifo é mais ao estilo de ensaio mas vale a pena e se leres também o proprio mito em compilaçoes de antologias da antiga grecia ainda vale mais a pena;)

05 June, 2007 18:39  
Anonymous Anonymous said...

cris e senhor do mundo: meus lindos, vocês não sabem o perigo que é mencionar livros na minha presença! : p lol… o meu cartão ainda não se recuperou da visita à feira do livro para a qual o arrastei contra a sua vontade… eu olho para o pobrezinho e ele parece-me algo torto… coxo talvez…

Falo por experiência própria quando digo que uma mesinha de cabeceira nova não chega… só se for mesmo uma mesa e ainda assim tenho as minhas dúvidas… acreditem, quanto mais espaço tiverem para pôr livros, mais livros arranjam para o ocupar… como já mal via o tampo da minha mesinha de cabeceira decidi atirar-me de cabeça e comprar uma estante só para essa finalidade… fiquei toda contente olhando com o meu orgulho vitorioso para aquelas prateleiras todas… tinha ganho a minha batalha com a literatura hehe… durante anos não precisaria de me preocupar com isso… pois! : s… para meu desespero nem demorou um ano a ficar pelas costuras… já tenho livros em posições muito pouco ortodoxas… E agora faço o quê?... claro que há sempre uma solução prática… deixar de comprar livros... mas, lamento informar… ISSO NÃO É UMA SOLUÇÃO… lol

Quanto aos títulos sugeridos já os acrescentei à minha lista… fiquei curiosa… serão as minhas próximas aquisições… sim!!!, lutarei e sairei vencedora… arranjarei espaço para eles, nem que tenha de me digladiar até à morte com a maldita da estante… bem, em caso de derrota, posso sempre voltar à mesinha de cabeceira ; )

Hesse já conheço mas ainda não li este título, quanto ao Camus, comecei a ler A Peste há eternidades atrás, era eu uma pré-teenager inconsciente, e acho que aquilo era um bocadinho demais para a minha mentalidade da altura… tenho de lá voltar um dia…

Beijinhos

06 June, 2007 04:41  
Blogger Deeper said...

É ao ler os teus posts e os comentários que aqui te deixam que me vou conhecendo melhor.
Se para algumas pessoas, como tu e o sr do mundo, eu sou pragmática e optimista, para outras sou muito misteriosa, profunda, reservada e pouco prática.
A contradição não significa que alguém esteja errado. O problema é que eu estou no meio termo: para vocês é natural que o meu optimismo pareça, de certa forma, egoísta ou pragmático, como para outras pessoas é igualmente natural que eu pense demais e que tenha hipersensibilidade.
Com posts tão tristes gostava de deixar aqui algum do meu optimismo. Acho que tens um mundo de coisas boas às quais te podes agarrar: e não falo apenas dos amigos que, como eu, fazem questão de estar presentes. Falo das tuas capacidades, da tua inteligência, da tua sensibilidade e do ser humano fantástico que tu és.
Contra ti tens-te sobretudo a ti própria: não acreditas em ti e não te sabes dar nem uma ínfima parte do valor que tens.
Quando conseguires fazê-lo as dúvidas irão desaparecer e o sol vai brilhar tanto que voltarás a usar óculos escuros, desta vez já não para tapar as olheiras.
E quando precisares é só chamar!
Bjs

07 June, 2007 02:26  
Anonymous Anonymous said...

anita... eu acho que sem muito esforço conseguíamos convencer a anfitriã deste espaço a juntar os livros aos interesses deste blog... movieandbookplayground2.blogspot.com ;)
Se a isto juntarmos umas cervejas e uns tremoços ;) (ou para quem não bebe, leite achocolatado e umas bolachas do LIDL...), para mim é o paraíso... a companhia agradável já está garantida... :)

07 June, 2007 04:20  
Anonymous Anonymous said...

senhor do mundo: oh pá, é isso mesmo... eu puxo pela esquerda e tu puxas pela direita e acho que juntos conseguiremos lol... quanto à petiscada, podemos sempre fazer umas misturas... que tal os tremoços com o belo do leite achocolatado?... sempre somos diferentes lol... ah! viva a variedade... e já agora a dor de barriga lol

Beijinhos

08 June, 2007 12:22  
Anonymous Anonymous said...

This is great info to know.

10 November, 2008 13:59  

Post a Comment

<< Home