Céu que cai...
"Na chuva te perco
o rosto que assim nao toco
como as leves gotas
suaves na tua pele
combato os dias de tempestade
qual miríade
pois forte é o batalhão adversário
ciúme de seu nome,
em mim me desfere feridas, certeiro
me cobre em seu sudário,
me abandona ao desgoverno alheio.
na loucura que se afoga em minhas veias
combatente desaparecido
ausente em tua voz
num contentamento que não é meu,
da água que cai
resta o grito feroz
que me rasga por dentro
meu desgosto
minha perda
a de ser cego, deposto
de mágoas tristes
cólera infundada
podia apenas na aguada
saber que é teu o rosto que sinto.
cai suavemente como a chuva
sobre momentos que nunca foram meus
talvez teus fossem ou mesmo nossos
se num ferimento não extinto
não vendesse a alma
por um vintém.
de tocar
me quis fazer norte
na rosa dos ventos, calma
o oeste, o este, o sul, apenas
sem referência navegar
se ao menos a chuva
soubesse eu
que te trazia
sem querer,
meus olhos fecharia
ao longe
sentindo
o perfume que deixaste
ao nascer do dia
meu tumor conter
de vicio ardente
devia ter sido o meu poente
acordei
ausente
na chuva,
meu crucifixo
de voz nua
sorriso presente
numa gota,
de água,
desagua o intento, corrieiro
pescador devoto
de um tempo fugaz
que de mim te leva
e a chuva traz."
V
"Na chuva te perco
o rosto que assim nao toco
como as leves gotas
suaves na tua pele
combato os dias de tempestade
qual miríade
pois forte é o batalhão adversário
ciúme de seu nome,
em mim me desfere feridas, certeiro
me cobre em seu sudário,
me abandona ao desgoverno alheio.
na loucura que se afoga em minhas veias
combatente desaparecido
ausente em tua voz
num contentamento que não é meu,
da água que cai
resta o grito feroz
que me rasga por dentro
meu desgosto
minha perda
a de ser cego, deposto
de mágoas tristes
cólera infundada
podia apenas na aguada
saber que é teu o rosto que sinto.
cai suavemente como a chuva
sobre momentos que nunca foram meus
talvez teus fossem ou mesmo nossos
se num ferimento não extinto
não vendesse a alma
por um vintém.
de tocar
me quis fazer norte
na rosa dos ventos, calma
o oeste, o este, o sul, apenas
sem referência navegar
se ao menos a chuva
soubesse eu
que te trazia
sem querer,
meus olhos fecharia
ao longe
sentindo
o perfume que deixaste
ao nascer do dia
meu tumor conter
de vicio ardente
devia ter sido o meu poente
acordei
ausente
na chuva,
meu crucifixo
de voz nua
sorriso presente
numa gota,
de água,
desagua o intento, corrieiro
pescador devoto
de um tempo fugaz
que de mim te leva
e a chuva traz."
V
2 Comments:
Pois Cris,,, assim vamos ficar mal habituados,,,,, tanta beleza em tão pouco espaço....
nada de desafios,,,,ahahha
o espaço é apenas o de uma tela: um rabisco, um frame, uma palavra... mas continua no olhar de quem observa ou lê. esse é o desafio... deixar extravasar... ou pelo menos usar mais cores da paleta...
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