Movie Series Vol.2
Blood Diamond vs Children of Men
Nothing but a cry. A cry doesn't have to be followed by tears, it can be just a cry. A long distant sound to be heard and felt at the human heart. Felt only by those who can actually let the agony greed of survival aside and relate to another human being... A cry for help...A cry for love...A cry of blood...A cry out of love... Two images, two cries for humanity.
Presenting 1:
Depois do Fiel Jardineiro, em que o continente africano nos era apresentado como um mero centro de cobaias farmacêuticas, surge Diamantes de Sangue, onde a terra vermelha que Danny Archer (Leonardo Dicaprio) e Solomon Vandy (Djimon Hounsou) pisam é símbolo do sangue derramado e que corre nas veias de todos, independentemente da cor da pele. Dois homens de valores morais distintos, pelo menos inicialmente, com motivações opostas, mas com um mesmo caminho: Um Diamante de Sangue. O significado tem dois "gumes": de sangue pela cor rosada e cujo valor comercial é superior, e de sangue pelo desejo "sanguinário" que desperta nos homens.
Solomon Vandy é pescador. Danny Archer faz contrabando de diamantes. As suas vidas cruzam-se com um mesmo destino. Solomon quer regressar ao local onde escondeu o diamante para encontrar o filho de volta e Danny Archer quer o diamante para benefício próprio. Neste percurso cruzam-se com Maddy Bowen (Jennifer Connelly), uma jornalista que pretende denúnciar ao mundo o negócio dos diamantes. Em termos legais não se podem importar diamantes de zonas de conflito. E Maddy quer, através de Danny, chegar aos "big bosses" do negócio.
Um conjunto de representações memoráveis, sobretudo a de Djimon Hounson, com especial destaque para a cena da vedação do campo de refugiados. Naquele momento, tanto o olhar de Connelly como a expressão corporal de Dicaprio se conjugam com o "grito" de Houson. Uma cena de cortar a respiração, tal é o aperto que se sente...Como se os pulmões se fechassem com aquela imagem...
A beleza ofegante de cada momento do filme é alimentada pelo magnifíco trabalho de fotografia do nosso bem português Eduardo Serra.
Três vidas, três conflitos, uma verdade humana.
When we search for a place, along the way we feel the earth beneath our feet fleeing, its red colour reminding us of our blood, streaming through our veins. All human. All cruel. All fighting for something...
Tag Lines:
Danny: I'm using him, you're using me, we all win.
Solomon: I just wan't my son.
Maddy: All my ex-boyfriends told me i liked to live in constant chaos. Well, it's my life.
Danny: When i get out of here you can write what you want and if something happens to me, you can right anything... It won't matter anymore.
Presenting 2:
Estamos em Londres no ano de 2027. A população está cada vez mais envelhecida e não nasce um único bebé há mais de 18 anos. O mundo encontra-se em tumulto e a cidade cosmopolita de Inglaterra é palco de ataques bombistas de guerrilheiros que lutam pelo "Projecto Humano". Fazem oposição ao governo pela força das armas. Governo que procura emigrantes ilegais como se de animais ferozes se tratassem e que lhes destina ou a morte, muito à semelhança das chacinas aos judeus durante o Holocausto, ou o exílio num campo de refugiados em derrocada...
Theo Faron (Clive Owen) é um homem resignado no meio do caos. Resta-lhe a companhia de Jasper (Michael Caine), um hippie ao estilo dos anos 60, com longos cabelos grisalhos e que fuma erva com sabor a morango. É de destacar o desempenho do Sir Caine que nos presenteia com algumas das cenas mais comoventes e ainda nos arranca uns largos sorrisos no rosto.
Julian (Julianne Moore) é a líder do grupo terrorista The Fishes e procura o seu ex-marido Theo para levar Kee (Claire Hope) até ao barco Tomorrow, onde se encontram os cientistas do "Projecto Humano". Kee é emigrante ilegal e está grávida. Nunca o Governo iria deixar que a única criança a nascer ao fim de 18 anos de infertilidade mundial fosse de uma emigrante ilegal.
Aqui começa a viagem de Kee e Theo. Com movimentos de steady-cam dos mais reais e belos que alguma vez vi e com um "tom turvo", as imagens vão-se sucedendo, tal como o cenário turvo de um amanhã como aquele, repleto de xenofobia e de medo...
The Children of Men, um filme com muita actualidade, que nos alerta para os perigos de governos sedentos de poder e de guerrilhas que invocam "a greater good" para os seus actos de destruição... E ainda um filme com uma voz humana latente a cada frame... Como já é habitual nos filmes de Alfonso Cuarón, mesmo na curta-metragem que fez para o filme Paris, Je t'aime... A voz humana...
Tomorrow, please let it not be of pain and sorrow. Let your eyes open the hearts of men and protect thy childrens' cry.
Tag Lines:
Jasper: What did you do for your birthday?
Theo: Nothing...It was a day like any other.
Jasper: You must have done something?
Theo: Nope. I woke up and felt like shit. I went to work and felt like shit.
Jasper: Pull my finger.
Julian: That buzzing sound you hear is your ear cells dying. enjoy it now cause when they do, you will never be able to hear that sound again...
About this movie series:
A cry at a distance can you hear it?
no one seems to note it's difference
a silent cry or a not
every shadow tends to be forgot
beneath the earth's breath
blood veins unveil
why consider it a threath
if underneath
woman, man, child, skin pale or skin dark
we are all human spark?
To be continued...
2 Comments:
Homem
Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis.
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.
António Gedeão
Com tanto para definir, é preciso acarinhar quem consegue ver algo da natureza humana, como tu...
Kisses with chocolate ;)
Cá está a segunda série e com dois excelentes filmes; não vi nenhum, mas motivos não faltam para ver ambos. No primeiro caso, parece que é a prova real que De Caprio é mesmo um bom actor.
No segundo filme, bem o casting é assombroso, uma fabulosa Julianne Moore, um super fabuloso Sir Michael Caine (uma lenda viva do cinema inglês) eum actor que me vem a surpreender não só como actor, mas como homem: é irresístivel! (Déjan à parte, é óbvio).
Beijoquitas, minha querida Cris.
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